sexta-feira, 29 de maio de 2009

terça-feira, 26 de maio de 2009

Schenberg, o sonho ficcional e o pensamento quântico

No livro 'Voar também é com os homens', José Luiz Goldfarb, comentando sobre a formação do físico pernambucano Mário Schenberg, diz que "muito da atração por seguir e conhecer mais do fascínio de relacionar o visual com o abstrato, - como no caso da Física e da Matemática, - MS percebeu, ainda jovem, existir também na arte." E eu lembro logo do conceito de sonho ficcional, como elaborado por John Gardner em seu 'A arte da ficção'. A maestria em despertar e manter o sonho ficcional é um dos segredos da arte de bons escritores. Seus textos parecem ter qualidades que os aproximam de algoritmos instruindo o cérebro a construir quase holograficamente toda a história, ambiente, personagens, ação. A palavra escrita manipula o cérebro. A manipulação é no mínimo bioquímica; dependendo de como o pensamento é gerado, no entanto, a manipulação poderia ser mesmo subatômica. Claro que tenho em mente as idéias de Roger Penrose n'A mente nova do imperador'.